Ciclídeos Africanos do Lago Tanganyika

Seria quase impossível eu descrever abaixo todas as espécies de peixes do Lago Tanganyika, mas fica então um resumo dos peixes mais cobiçados pelos aquaristas para um aquário de Ciclídeos Africanos do Lago Tanganyika:

 

JULIE ORNATUS, GOLDEN JULIE

Nome científico: Julidochromis ornatus

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

Ocorre em áreas rochosas da zona intermediária entre o litoral e o mar aberto. Habita principalmente a parte norte do lago, embora uma morfologia seja encontrada na extremidade sul, em torno de Mpulungu.

Uma espécie territorial. Pode ser mantida com sucesso com outra espécie pequena a média de Ciclídeos Tanganyika que ocupe diferentes áreas do aquário, tais como Neolamprologus shelldwellers (conchicolas) e Cyprichromis sp.

Dimorfismo Sexual: São muito difíceis de distinguir, sendo os machos maiores do que as fêmeas. Fazendo-se uma observação por cima dos exemplares, as fêmeas são mais encorpadas e com a região ventral mais larga.

É agressivo como a maioria dos Ciclídeos africanos, mas sua agressividade é mais restrita a machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes.

Onívoros, na natureza se alimentam de crustáceos, larvas de insetos, moluscos e algas. Ofereça rações à base de algas (spirulina, por exemplo), acrescente alga Nori à dieta e rações um pouco mais protéicas. Evite manter peixes herbívoros com outros de hábitos alimentares distintos em um mesmo aquário, o excesso de proteína animal (oferecida nas rações para os onívoros e carnívoros) prejudica a saúde do peixe herbívoro, podendo resultar em Bloat ou outras doenças!

 

FRONTOSA RED, FRONTOSA 6 BARRAS

Nome científico: Cyphotilapia frontosa

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Frontosa : do latim frontosus , que significa 'tendo múltiplas testas'.

Onívoro, na natureza se alimenta de moluscos, crustáceos, pequenos peixes e material vegetal, além da ração é recomendado oferecer alimentos vivos para incentivar a reprodução e manter seu peixe com belas cores e ótima saúde. Não se deve deixar faltar o complemento vegetal, aumentando assim a variedade e qualidade da alimentação.

Dimorfismo sexual: O macho é maior, mais colorido, apresenta um calo nupcial e as nadadeiras mais longas e a fêmea apresenta coloração mais pálida e o ventre roliço, principalmente em época de desova.

É agressivo como a maioria dos Ciclídeos africanos, mas sua agressividade é mais restrita a machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes. Irá tentar comer peixes pequenos que caibam em sua boca. Evite manter mais de uma espécie de peixe de coloração semelhante em um mesmo aquário, isso ajuda a diminuir as brigas. Escolha apenas uma espécie azul, uma vermelha, uma amarela, etc. Mantenha somente um exemplar macho por espécie!

Reprodução: O ciclídeo Frontosa é um criador bucal, ovíparo e foi criado em aquários domésticos. Deve-se notar que leva 3 ou 4 anos para o peixe atingir a maturidade sexual, portanto paciência é necessária. Quando estiver pronto para desovar, o macho apresentará uma bela coloração azul, especialmente na área da cabeça, mas não há um ritual de corte elaborado. Ele selecionará uma área adequada para a qual defenderá e tentará atrair uma fêmea. Isso poderia ser simplesmente uma área moderadamente isolada no aquário. Quando ele tiver a atenção dela, eles limparão o local de desova juntos, então ele nadará lentamente ao redor da área com suas nadadeiras dobradas e libera um pouco de esperma (acredita-se que isso faça com que a fêmea coloque seus ovos). Ela então passa lentamente sobre a mesma área,e depois de lançar um ovo na água com esperma, imediatamente recua e o apanha. Este processo é repetido várias vezes, durante as quais o macho pode ou não liberar esperma adicional, até que um total de 20-50 ovos grandes tenham sido colocados na boca da fêmea. Ela segura os ovos por um longo período de 5-7 semanas e, uma vez chocados, os filhotes começam a se alimentar de partículas inaladas de comida ainda dentro de sua cavidade bucal.

 

CYATHOPHARYNX FURCIFER

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

Uma espécie relativamente turbulenta que precisa de muito espaço para seu tamanho. No entanto, deve ser a espécie dominante no aquário ou pode ser retirada, com os peixes machos perdendo a cor. Abrigue-o com espécies pacíficas que podem cuidar de si mesmas. Certamente não o mantenha com Mbuna ou algo semelhante.

Aceita a maioria dos alimentos, mas devem ser evitadas variedades com alto teor de proteína e carne. A dieta deve ser principalmente vegetariana. A matéria vegetal é necessária como base da dieta. Ofereça uma mistura de espinafre escaldado, nori (certifique-se de que é um produto natural e não contém aditivos artificiais) e um floco ou pellet de espirulina de boa qualidade. Certamente a espécie mais sedutora do Lago Tanganyika.

Ter mais de um macho ajudará a garantir que os peixes exibam suas melhores cores enquanto competem pela atenção das fêmeas. Os machos podem mostrar um grau de agressão territorial uns contra os outros, mas um tanque muito espaçoso e uma abundância de barreiras visuais ajudarão a dispersar esse comportamento. Os Ciclídeos Furcifer Featherfin são intolerantes às más condições da água, por isso certifique-se de que pequenas mudanças parciais da água são realizadas com frequência.

Os machos são ao mesmo tempo turbulentos e agressivos na defesa de seus territórios, portanto essas espécies precisam de muito espaço. O aquário deve ter pelo menos 5 metros de comprimento e, preferencialmente, 6 metros ou mais. É necessário que seja decorado com algumas pedras grandes para que as fêmeas possam se afastar do macho, se necessário.

Reprodução: Carrega os filhotes na boca. Quando estiver pronto para desovar, o macho escavará um local impressionante de desova na areia, semelhante a uma grande cratera. Uma vez que o ninho tenha sido construído, o macho irá se exibir ao redor dele, tremendo e mostrando sua intensa coloração, tentando atrair uma fêmea. Ele pode ser bastante insistente em sua busca, por isso é melhor desovar esta espécie em uma situação de harém para ajudar a difundir suas intenções amorosas. Se uma fêmea for receptiva, ela depositará os ovos no local de desova e os levará imediatamente para a boca. O macho fica muito perto durante este tempo, e quando a fêmea se vira para pegar os ovos, o macho arrasta suas barbatanas ventrais alongadas sobre a areia. As pontas das nadadeiras amarelas atraem sua atenção, e ela o segue, tentando agarrar o que percebe ser óvulos e, em vez disso, retira esperma do macho, fertilizando os óvulos em sua boca. A fêmea carregará a ninhada de 15-40 ovos em sua boca por 3-4 semanas antes de liberar os alevinos que nadam livremente. Ela não comerá durante este tempo. Quando os filhotes são liberados, eles serão grandes o suficiente para se alimentarem.

 

KITUMBA

Nome científico: Cyprichromis Leptosoma Kitumba

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Na natureza se alimenta de crustáceos e larvas de insetos, além da ração é recomendado oferecer alimentos vivos para incentivar a reprodução e manter seu peixe com belas cores e ótima saúde. Não se deve deixar faltar o complemento vegetal.

Os machos são maiores e apresentam nadadeiras mais longas. Importante: estas características aparecem em peixes no final do estágio juvenil e em adultos, a diferença sexual entre filhotes é mais difícil de ser observada.

São ovíparos, a fêmea deposita seus ovos em frestas de rochas ou no “teto” de cavernas, eles demoram 2 a 3 dias para eclodir e o casal toma conta dos filhotes.

Comportamento: É uma espécie de cardume. Na natureza, as fêmeas se movem em cardumes compostos por um grande número de indivíduos, e acompanhadas por machos não dominantes e alevinos. É um peixe geralmente pacífico, mas agressivo com outros exemplares da mesma espécie, principalmente com machos. Durante a época de reprodução, eles são muito persistentes com as fêmeas. As fêmeas também apresentam certo nível de hierarquia entre si. Eles tendem a serem os peixes dominantes no aquário, principalmente no nível médio.

Sociabilidade: Requer reprodução em grupos de três fêmeas para cada macho. Os machos delimitam seus respectivos territórios nas áreas superior e intermediária do aquário, para que as áreas inferiores possam ser utilizadas para outras espécies. Outros Ciclídeos, podem ser bons companheiros em aquários comunitários.

 

LIONHEAD CICHLID OU BLOCKHEAD CICHLID

Nome Científico: Steatocranus casuarius

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Onívora, para incentivar a reprodução e manter seu peixe saudável e com belas cores é recomendado oferecer alimentos vivos - além das rações específicas - ao menos uma vez na semana. O macho é maior, apresenta coloração mais intensa, um calo nupcial e o ventre é retilíneo. A fêmea possui coloração mais pálida, ventre roliço e é menor que o macho. Importante: estas características aparecem em peixes no final do estágio juvenil e em adultos, a diferença sexual entre filhotes é mais difícil de ser observada.

Das correntes do rio Congo origina-se Steatocranus casuarius comumente conhecido como blockhead ou ciclídeo búfalo. Foi assim que o peixe desenvolveu seu estilo incomum de natação, por causa da correnteza rápida, ele tem uma bexiga natatória subdesenvolvida e nada em um movimento "espasmódico", como um goby. Os machos podem atingir de 10 a 12 cm, as fêmeas ficam com 8 cm. O caroço gorduroso na cabeça do macho cresce com a idade e a saúde, também pode ficar maior na época de desova. Intraespecíficos são bastante agressivos, pelo que para os seus cuidados é necessário um aquário grande (400 litros). Por causa de seu habitat de água de fluxo rápido, eles têm uma grande demanda de oxigênio e, além disso, não toleram má higiene da água. Tendo uma boa filtragem e boa alimentação, mais cedo ou mais tarde irão para a reprodução.

O casal ou harém deve ser sempre mantido em aquário próprio e sem outros peixes que possam comer seus ovos ou filhotes, no caso de aquário comunitário é recomendado manter apenas o macho sozinho.

 

 

BRICHARDI

Nome Cientifico: Neolamprologus brichardi

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

Não tem qualquer dificuldade alimentá-los, aceita todo o tipo de alimentos, desde spirulina, camarões, artémia, flocos, granulado, só não é muito aconselhável é dar-lhe muitas vezes larva de mosquito.

Dimorfismo Sexual: Os machos ficam maiores e com as barbatanas mais alongadas.

Neolamprologus brichardi é uma espécie de desova em cavernas. O vínculo que esses peixes formam é forte e é mantido durante o cuidado da ninhada e da desova subsequente. Nem sempre é óbvio quando esses peixes desovam, pois muitas vezes eles são muito reservados e o local de desova pode estar escondido da vista. Terminada a desova, a fêmea cuidará dos ovos, com o macho guardando o perímetro do território. Os ovos devem eclodir em 3-4 dias (dependendo da temperatura), com os alevinos nadando livremente cerca de 7 a 10 dias depois. Os jovens podem ser iniciados com uma dieta de naupilos de camarão  e 'primeiros alimentos' em pó fino. O cuidado da ninhada é bastante prolongado, e os irmãos mais velhos ajudam a proteger as gerações subsequentes de alevinos, coexistindo no mesmo aquário e formando uma família nuclear. O ciclo continua conforme os adultos desovam novamente, e é normal ter várias gerações vivendo juntas.

 

GOLD KASANGA

Nome Cientifico: Altolamprologus compressiceps

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Apenas se lançam a peixes pequenos para predar ou a peixes maiores para defesa de território. Quando por algum motivo são atacados não fogem limitando-se a dar o flanco numa atitude quase provocatória visto que as suas escamas são extremamente duras fazendo lembrar uma camada óssea. Esta é a principal razão para o seu crescimento tão lento.

Os machos atingem os 15 centímetros e as fêmeas cerca de 12 cm.

Dieta: Principalmente carnívora. Uma variedade de alimentos carnudos, secos, congelados e vivos de alta qualidade é necessária para uma ótima saúde e coloração. Alguma matéria vegetal é ótima.

Comportamento social: levemente social até a maturidade sexual. Os pares reprodutores costumam ser agressivos com todos os outros peixes.

Compatibilidade: Peixes comunitários especializados com outros peixes endêmicos do Lago Tanganyika.  Altolamprologus compressiceps é um micro predador que se alimenta principalmente de alevinos de outras espécies, mas é relativamente pacífico com peixes grandes demais para comer.

Maturidade: A idade é a chave, não o tamanho. Os peixes precisam ter cerca de dois anos para começar a procriar, às vezes até mais. Paciência é a chave. Esses peixes crescem em um ritmo muito lento.

 

JULIE MARLIERI

Nome científico: Julidochromis marlieri

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Tem um estilo de natação muito interessante. Por ser um tanto tímido, ele vai ficar nas rochas mais para o fundo do aquário, saindo para pegar comida. Mas ele se move de maneira determinada para cima, para baixo e ao redor de seu habitat. Ele vai virar de lado entre as rochas ou mesmo ficar pendurado de cabeça para baixo sob as rochas

As plantas também podem ser incluídas, pois não as incomodam. Este peixe se reproduzirá em cativeiro e as plantas fornecerão cobertura para os alevinos recém-nascidos.

Com seu tamanho pequeno e natureza resistente, eles são um ótimo peixe para o criador de Ciclídeos. Eles são moderados a fáceis de cuidar. Faça mudanças semanais de água para mantê-la em níveis ideais e eles permanecerão saudáveis. Eles se dão bem em um aquário comunitário de Ciclídeos e podem ser mantidos individualmente, em um par ou em um grupo de vários pares.

 Onívoros, na natureza se alimentam de crustáceos, larvas de insetos, moluscos e algas. Ofereça rações à base de algas (spirulina, por exemplo), acrescente alga Nori à dieta e rações um pouco mais protéicas.

Dimorfismo sexual: Difícil de identificar, as fêmeas geralmente são maiores que os machos. Importante: estas características aparecem em peixes no final do estágio juvenil e em adultos, a diferença sexual entre filhotes é mais difícil de ser observada. É agressivo como a maioria dos Ciclídeos africanos, mas sua agressividade é mais restrita a machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes.

O gênero Julidochromis é um pequeno grupo de Ciclídeos no Lago Tangannyika com cerca de 5 espécies descritas e um número de variantes ou possíveis subespécies. Eles são comumente conhecidos como "Julies" no hobby do aquárismo. Eles são Ciclídeos de pequeno a médio porte com corpos alongados em forma de torpedo. Sua coloração é um fundo amarelo ou esbranquiçado com listras horizontais pretas ou um padrão xadrez. Eles habitam áreas rochosas e, principalmente, formam pares monogâmicos, embora os pares possam ser quebrados com os peixes menores sendo expulsos ou até mortos. Esses peixes são desovadores de substrato bi-parental secretos,  principalmente em cavernas ou fendas nas rochas. Eles são muito territoriais, mas como pais, depois de uma ou duas semanas eles geralmente não protegem nem atacam seus filhotes, mas os alevinos ainda ganham proteção por residirem no território de seus pais.

 

LELEUPI, CICLÍDEO LIMÃO

Nome científico: Neolamprologus leleupi

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Esta espécie é uma das menores dos Ciclídeos do sul do Lago Tanganyika na África. Um peixe delicado, mas impressionante, cuja dieta deve incluir alimentos vivos. A boca desses peixes é surpreendentemente grande para seu tamanho.

Na natureza se alimenta de crustáceos e larvas de insetos, além da ração é recomendado oferecer alimentos vivos para incentivar a reprodução e manter seu peixe com belas cores e ótima saúde.

São peixes territoriais e agressivos, como a maioria dos Ciclídeos africanos, mas sua agressividade é mais restrita a machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes.

Fecundidade: A fêmea do ciclídeo Leleupi (Neolamprologus leleupi) normalmente produz até algumas centenas de ovos por ninhada. Ao contrário da maioria dos Ciclídeos africanos, o ciclídeo Leleupi é um reprodutor de substrato, ao contrário de utilizar a estratégia reprodutiva do criadouro de boca.

São ovíparos, a fêmea deposita seus ovos em frestas de rochas ou no “teto” de cavernas, eles demoram 3 a 4 dias para eclodir, os alevinos exibem o nado livre após consumir o restante do conteúdo do saco vitelino (aproximadamente 8 a 10 dias a partir do nascimento).

Companheiros sugeridos: Julidochromis, Neolamprologus, Cyprichromis, Synodontis, Lamprologus, Aulonocara, Lamprichthys e outros.

Um peixe pacífico que pode ser combinado com outros Ciclídeos do lago Tanganyika. Os machos podem se tornar agressivos durante a estação de desova em relação às fêmeas não receptivas ou imaturas. Os pares são formados apenas durante a estação de desova.

 

NEOLAMPROLOGUS PULCHER

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Endêmico e amplamente distribuído por todo o Lago Tanganyika, com localidade tipo a cidade de Kasanga, no sudoeste da Tanzânia.

Peixe de agressividade mediana principalmente quando defende seu território ou em época de reprodução. Em geral convivem bem com outros peixes, com exceção a outros Ciclídeos de mesmo hábito o qual deverão compartilhar do mesmo aquário somente se houver uma boa área para cada peixe demarcar seu território. Outros rock dwellers como Julidochromis ou Altolamprologus só são possibilidades se o tanque for grande o suficiente e possuir bastante objetos que quebrem sua linha de visão.

Curiosidade: Os peixes Ciclídeos são conhecidos por serem vocais, mas um relatório recente sugere que este não é o caso do ciclídeo socialmente complexo Neolamprologus pulcher, do Lago Tanganyika. Neolamprologus pulcher selvagem e cativo produziram sons de alta frequência (média: 12 kHz), quando estimulados por imagens em espelho. Em experimentos de laboratório. Os resultados sugerem que Neolamprologus pulcher macho produz mais sons em durações maiores do que fêmeas. Assim, foi confirmado que este ciclídeo  não produz sons de baixa frequência, mas produz sons de alta frequência, tanto em combinação como independentemente das exibições visuais, sugerindo que os sons não são um subproduto das exibições.

 

NEOLAMPROLOGUS TRETOCEPHALUS

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Um bom peixe para manter no aquário, pois é comumente conhecido como um ciclídeo africano que é um pouco menos agressivo que a maioria dos Ciclídeos e é um candidato ideal para manter com outros peixes, desde que não caibam em sua boca.

As fêmeas tendem a ser menos vibrantes do que os machos com cabeças maiores e corpos menores

Neolamprologus tretocephalus é uma espécie de desova em cavernas. A ligação que esses peixes formam quando a reprodução é fraca, e normalmente dura apenas durante a desova e o cuidado da ninhada. A desova pode ocorrer em intervalos de 4-6 semanas e, entre as vezes, o macho pode se tornar bastante intolerante com a fêmea, portanto, uma infinidade de esconderijos é essencial. A dupla selecionará uma caverna adequada, uma que foi fornecida no paisagismo ou uma que eles mesmos escavaram. A fêmea deposita seus ovos (que podem chegar a 400) na caverna, o macho imediatamente nadando sobre eles e fertilizando com seu esperma. Nem sempre é óbvio quando esses peixes desovam, pois muitas vezes eles são muito secretos e a caverna pode estar escondida da vista. Uma vez terminada a desova, a fêmea cuidará dos ovos, com os peixes machos guardando agressivamente o perímetro da caverna.Os ovos devem eclodir dentro de 2-3 dias (dependendo da temperatura), com os alevinos nadando livremente cerca de 5-7 dias depois. Os jovens podem ser alimentados com uma dieta de artemia sem casca e 'primeiros alimentos' em pó fino. O cuidado da ninhada dura mais 2 a 3 semanas.

 

LAMPROLOGUS OCELLATUS

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

Na natureza se alimenta de crustáceos e larvas de insetos, além da ração é recomendado oferecer alimentos vivos para incentivar a reprodução e manter seu peixe com belas cores e ótima saúde.  Os machos são maiores e apresentam nadadeiras mais longas. São peixes territoriais e agressivos, como a maioria dos Ciclídeos africanos, mas sua agressividade é mais restrita a machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes.

Os machos defendem as conchas colocadas no aquário onde habitarão o casal, sendo que as fêmeas serão as primeiras à habitar a concha.  Os machos costumam enterrar as conchas sobressalentes até que uma única fêmea chega em busca de um novo lar. As fêmeas passarão muito tempo em sua concha individual, na verdade, é aqui que cada fêmea irá descansar, se retirar quando necessário, desovar e criar seus filhotes.

Pode não ser óbvio que os seus Lamprologus Ocellatus desovaram até que os alevinos sejam vistos na entrada de sua concha. Às vezes, um indicador precoce de que um par está se preparando para desovar é um aumento na atividade de escavação ao redor da concha. Os ovos (que podem numerar entre 20-50) serão postos e fertilizados dentro da casca e, em seguida, a fêmea fica logo na entrada da casca e os guarda. Neste momento, o macho normalmente defende o perímetro da toca/conchas contra quaisquer predadores possíveis. Após 7 a 10 dias, os alevinos começarão a se aventurar para fora da casca, voltando rapidamente se se sentirem ameaçados.

 

ALTOLAMPROLOGUS CALVUS

Ciclídeo Africano do Lago Tanganyika

 

O Altolamprologus calvus é endêmico da parte sudoeste do Lago Tanganyika, onde é encontrado no habitat rochoso raso e escarpado. Aqui, esses peixes comprimidos literalmente deslizam sem esforço entre fendas e frestas em sua busca contínua por camarões, outros pequenos crustáceos e alevinos.

O aquário que abriga esta espécie deve ter pelo menos 2 metros de comprimento, com uma boa quantidade de filtração, movimentação de água e oxigenação. A melhor escolha de substrato é a aragonita, o que ajudará a manter a água dura e alcalina. Rochas devem ser usadas para criar pequenos afloramentos e muitas cavernas, garantindo que haja amplas barreiras visuais. Apesar de sua aparência ligeiramente ameaçadora, os Ciclídeos Calvus geralmente são apenas levemente agressivos uns com os outros nos confins do aquário doméstico, e linhas de visão quebradas entre a decoração ajudarão se algum problema surgir. Esses Ciclídeos podem ser mantidos em um aquário apenas para espécies ou como parte de uma comunidade Tanganyikan com peixes de tamanho e temperamento semelhantes. Devido à boca espaçosa e à natureza predatória, eles não devem ser alojados com peixes pequenos, como moradores de abrigo. Se um casal reprodutor se formar dentro do grupo, eles podem se tornar muito mais agressivos em termos territoriais do que o normal, e muitas vezes é melhor movê-los para um tanque próprio neste estágio. Os Ciclídeos Calvus são intolerantes a más condições de água, por isso certifique-se de que pequenas mudanças parciais de água são realizadas com frequência.

Carnívoros, na natureza se alimentam de crustáceos, larvas de insetos, moluscos e filhotes de outros peixes. Ofereça rações mais protéicas. Os machos são maiores e apresentam nadadeiras mais longas.

O ato de desova é geralmente um assunto bastante secreto e muitas vezes passa despercebido pelo aquarista. As fêmeas (que serão menores) escolherão uma toca, ou concha grande com uma entrada pela qual só ela pode passar. Ela então depositará os ovos no substrato dentro da toca, enquanto o macho libera seu esperma na entrada. Os dois peixes então abanam a água com suas barbatanas peitorais, a fim de direcionar o esperma sobre os ovos, que podem chegar a 200. A fêmea guarda os ovos dentro da toca, enquanto o macho guarda o perímetro geral ao redor dela. Os ovos devem eclodir em 48 horas (dependendo da temperatura) e nadar livremente cerca de 7 a 10 dias depois. Neste ponto, pode-se oferecer aos alevinos ovos de camarão sem casca ou outros alimentos finos. Pode ser prudente mover o macho para outros lugares antes que os alevinos nadem livremente. Observe os alevinos de perto e separe-os por tamanho à medida que amadurecem, pois não é inédito para alevinos maiores atacar alevinos menores.